Infiltrado na Klan (2018)

A ideia de uma suposta superioridade dos brancos em relação aos demais componentes da raça humana é algo bastante absurdo, hoje em dia. Por ser absurdo e infundado, parece chamar pouca atenção, principalmente no Brasil, onde dizemos não sermos racistas, mas todos juntos e misturados em uma grande salada de fruta colorida cultural. Não é bem assim.

A busca pela “pureza da raça”, pelo “aprimoramento”, como se estivéssemos todos sendo coados em um coador gigante, para sairmos filtrados e perfeitos apenas em nossas melhores representações, é também uma noção pouco digna de crédito. No entanto, não é o que a história diz. Não é o que a sociedade apresenta. Não é o que os nossos representantes políticos aparentam pensar em seu íntimo. O racismo está enraizado em nossas cabeças brancas, negras e pardas.

Se você interessa por essa discussão, assista ao filme “Infiltrado na Klan” (BlacKkKlansman), lançado em 2018 e dirigido por Spike Lee. O filme é um retrato bem-humorado e crítico da questão racial nos EUA, extremamente pertinentes, principalmente em tempos “trumpianos”.

Sinopse: Em 1978, Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro do Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os outros membros do grupo através de telefonemas e cartas, quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial branco no seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron se tornou o líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas (Fonte: Adoro Cinema).

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No site do The Guardian, tem uma matéria sobre o policial que inspira o filme e que aos 21 anos ingressou na polícia sendo o único negro em todo o departamento.

Leia também:

  • “Eu não sou seu negro”: um documentário indicado ao Oscar em 2017 e baseado em um manuscrito-roteiro inacabado deixado pelo escritor norte americano James Baldwin.
  • “Mulheres, raça e classe”: Angela Davis é uma mulher negra, filósofa, professora da Universidade da Califórnia e um símbolo da luta pelos direitos civis. Este livro é uma de suas principais obras.
  • “Americanah”: romance que foi publicado pela Companhia das Letras em 2014 e que compõe a lista de produções da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.

2 Respostas para “Infiltrado na Klan (2018)

  1. Muito boa reflexão. Vou assistir às três indicações. Outro disse revi A Outra História Americana. Sempre morro de chorar vendo a realidade dura e crua do racismo.

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